terça-feira, 29 de abril de 2008

Vamos a Belém!



Como disse um jovem brasileiro que veio jogar para o Belenenses, nós vamos à terra "onde nasceu Jesus"... e só precisamos de um pequeno milagre.
Basta ganharmos, esperarmos que o Sporting não ganhe e voltámos a estar no segundo lugar! Vai ser difícil, mas se um vitoriano não fosse feito de fé e paixão éramos feitos de quê?

Vitóóóória!

Hapiness

"Don't look back Fabinho, hapiness is right over there!"

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Ainda faz mal à saúde...

"There are three kinds of men who do not understand women: Young, old, and middle-aged..."

You? Don't try to!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Wow

A falsidade atinge-me como dois punhais que me pudessem atravessar o meu peito!! As mascaretas que certos/as palhaços/as usam irritam-me tanto que fico a sentir me mal disposto! Há gente que é tão falsa tão falsa que quando chega o momento de ser verdadeiro já nem sequer consegue.

Wow, tou com os azeites...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mentiroso

Eu sou um grande mentiroso, é que à quantidade de verdades que eu conheço e não posso simplesmente dizer, ou por imposição socio-moral ou por respeito pessoal, não vejo outra palavra para me definir, quanto a isso, claro. Vejam o episódio do House em que uma filha até sabe a posição sexual preferida da mãe. Até assusta tanta verdade! Nós estamos mesmo habituados a mentir nas nossas vidas de uma forma tão descarada que muitas vezes nem notamos quando a mentira toma outras proporções. Não é que eu tenha mentido a alguém ultimamente, não, até acho que tou a ficar demasiado frio, com tanta verdade em certas coisas que digo, mas às vezes incomoda-me muito a mentira, em especial a bajuladora. É lógico que mentimos todos os dias, e em grande parte por simpatia, ou por medo... Há uma que todos fazemos:

"A aula tá a ser seca?
Não, por amor de Deus professor!(Já adormeci umas cinco vezes)"
ou o clássico:
"Olha que casaco giro que comprei, que achas?
Muito giro mesmo, que fixe! (Yach)"

Atenção, não tou a criticar estes procedimentos, apenas acho que alguns eram de evitar. Começa nos casacos e estende-se à pessoa, normalmente(!), o que acho brilhante, em muito ironic mode falando...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Comunicado: O telemóvel é meo!

Não são só os Gato Fedorento que fazem comunicados ao país. Eu também vou agora fazer, ao mundo!


Quando quiserem dizer algo a alguém e não tiverem coragem usem o telemóvel. Aquele aparelhozinho aumenta em 500% a coragem do seu possuidor. Serve para qualquer coisa, desde acabar namoros até insultar da forma mais grosseira.
Ah, calma, é preciso fazer avisos para isto funcionar bem.
Atenção!
Se passarem pelas pessoas visadas na rua sorriam, e façam de conta que não se passou nada. Só assim funciona bem, pelo menos para o vosso lado. Não se preocupem com o outro lado, já que não se preocuparam antes.
Ah, e não comam cacahuetes, que faz mal ao estômago.
Por final, lembra-te do nosso slogan "Eu faço o que quero, porque o telemóvel(e a vida) é meo"!

Fim de comunicado

terça-feira, 8 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A história dele


O céu estava muito estrelado, mas mal se viam as estrelas. Deveriam ser cerca das onze e meia ou meia noite quando a luz iluminava o seu fato de treino azul sujo, não de feitio, mas de terra. Digo isto com o maior dos optimismos, assim tento ver aquele solitário vagabundo às compras onde os outros deitam os sacos dessas mesmas compras, e aqueles papéis que servem para encher malas de senhora, ou camisas de homem.
Embebido pela loucura dos saldos não me viu. Da varanda do 3º Esquerdo, onde podia olhar bem o bairro social mais bonito que já vi, mirava aquela peripécia e pensava:

-Olha-me aquele! Ou é maluco, e gosta de estragar a ordem social, ou então deve estar com a maior vergonha do mundo e só peço a Deus nunca ter que fazer aquilo.
-Então, porque está aí a remexer essa porcaria? Não tem trabalho? Tem preguiça? Ou a vida não quer nada consigo?
-Tenho trabalho e tenho preguiça, mas não tenho a tua vida! Por essa tua pose deves saber bem o que é alimentar uma família. Saber o que é vestir uma casa. Saber o que é trabalhar!
-Pois, sabe, eu trabalho, a verdade é que não sustento ninguém, mas trabalho.
-Claro - diz o pobre homem - diz-me que vieste cá em negócios!
-Ok, até posso não sustentar ninguém, mas a verdade é que faço muita coisa.
-Se pensas que és especial por isso olha bem para essa senhora que acabou de sair de casa para trabalhar até às oito horas e para depois entrar novamente à uma da tarde.

Dei boa noite e recolhi-me, embaraçado. Afinal, sou apenas mais um. Nada mais há aqui. Se a minha vida é dura, que não é, apenas tem momentos, a do Manolo deve ser linda! Não haja dúvida! Então a da senhora da touca na cabeça...

Só agradeço a minha vida, cada dia que passa, cada momento! Enquanto for assim não é má! Claro que luto para que seja melhor, e tentarei que cada dia seja melhor que o anterior. Espero que os meus se sintam bem comigo, que eu viva também bem comigo e que Deus não me pregue uma rasteira. É que aí eu ia magoar os joelhos, e como já tenho problemas de rótula ia ser complicado depois recuperar. Já tive um ano de fisioterapia, e agora, nestes últimos três meses, também deveria ter passado por lá, na ala da fisioterapia mental...

Obrigado Manolo, de verdade, só tive pena de não ter tido esta conversa contigo, mas provavelmente fugirias, e preferi imaginar que me dizias isso, e que continuasses no teu trabalho...Não seria eu a tirar-te a comido do prato. Quem me dera ajudar-te a consegui-la.

domingo, 6 de abril de 2008

sábado, 5 de abril de 2008

En directo de Madrid!


(Plaza Mayor, Madrid - Sábado, 5 de Abril)

Olá!
Aqui estou em directo de Madrid, a fazer visitas a amigos, no msn! :)
Depois porei uma foto(EDIT: Já pus, a 9 de Abril), agora era só para dizer que estou em directo de Madrid(chuleria!).
Adios!

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Apontamento

A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.

Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.

Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.

Não se zangam com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?

Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.

Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.

Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-no especialmente, pois não sabem por que ficou ali.

Álvaro de Campos, 1929

Excelente poema de Álvaro de Campos. Analisado até à exaustão na aula de Modernismo e Pós-Modernismo, por alguém que dá gosto ouvir. Partilhar o que achamos do poema e sermos ouvidos, tidos em consideração é bom, mas ouvir a visão deste homem é muito bom!
Quanto à temática do poema acho genial. Eu sinto-me assim muitas vezes, sem dúvida!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
A imagem de que nem os Deuses repararam que "ele" ali estava, o esquecimento pela pessoa é tão genial que dá a sensação de solidão, e que a pessoa "não é", mesmo bruta!


EDIT: A Marta Diegues, leitora do Blog, companheira de curso e amiga, fez questão de me informar que a alguém cantava este poema. A verdade é que quem canta(pelo menos quem eu encontrei) chama-se Margarida Pinto. Aí está o vídeo. Apontamento - Margarida Pinto (Vídeo)