quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Tempo

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Estou a ficar sem tempo para isto...

A vida é mesmo frenética, principalmente quando não sabemos dizer não! E, como não consigo dizer não, faço tudo...ou meio feito, ou feito tarde! Quando é a tempo e bem...wow, que sorte!

Um dia gostava de parar o tempo, rir de quem corre nele, rir-me de mim e depois deitar-me, ainda com o tempo parado, e dormir sem tempo...mas acordar. Voltar a dar corda ao tempo, e voltar à loucura do dia-a-dia, e voltar a desejar parar o tempo, acordado!

Até posso sonhar com isso, vou fazer força para isso, vou rezar para isso! Mas se não consigo eu parar o tempo alguém conseguirá um dia...Acordado!

Dêem-me um tempo, sem que isto queira dizer que no fim do tempo dado queira acabar tudo com vocês, como acontece nas relações amorosas mais forjadas... Dêem-me um tempo (aqui), mas não me dêem um tempo de verdade! Vá lá, isso não!

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sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Comité Europeu II

[Parte II - Bucareste]
Esta crónica não será do tamanho da anterior. Prometo!

Apesar de passar mais dias em Bucareste do que em Barcelona, a crónica de Barcelona teve um "toque" de amizade, que me motivou a precisar tão detalhadamente.
Chegámos a Bucareste e tínhamos à nossa espera os anfitriões Mihai e Codruta, sem que tivéssemos noção disto, pois já tínhamos visto que provavelmente tínhamos que esperar hora e meia pelo primeiro autocarro para o local do Encontro, nos arredores da cidade.
No dia seguinte foi bom ver caras conhecidas, que com uma ou outra mudança continuavam tal como as tinha conhecido. Foi bom ver o Pe. Chris, ainda com o entusiasmo e fé na JECI-MIEC Europa, e, acima de tudo, nas pessoas, que demonstrara nos seus primeiros dias como Assistente do MIEC, no ano passado, no Comité de Paris.
Com algumas discussões mais acesas que outras, construindo novas amizades e fortalecendo anteriores, penso que trabalhámos com enorme paixão pela JECI-MIEC, pelo bem da Internacionalidade dos nossos movimentos também.
Os dias eram feitos de plenário e de "coffee breaks", que contavam com a ajuda de uma máquina de café fantástico! A noite era feita de partilha de experiência, licor beirão e MSN. Sim, porque o Fábio acabava por ficar sempre mais um pouco porque ia para a internet, ora falar com a família, ora falar com amigos, contando desde logo, e em directo todas as emoções.
A casa onde estávamos tinha pinta, mas era rodeada de floresta por três lados, como se caísse ali no meio e só de frente é que havia vestígios de civilização. De noite vir cá fora significava um passaporte para as estrelas, e para a fantasiação. Não estivéssemos nós a pouco mais de 7km de Snagov, terra onde está enterrado Vlad III, The Impaler! Infelizmente não conseguimos lá ir :(
E, depois do nosso passeio ao centro de Bucareste, tinha mesmo preferido ir a Snagov.
O nosso autocarro para o centro de Bucareste, e obviamente do centro para Snagov era uma Mercedes, das maiores, adaptada a camioneta. Para além de ir sempre cheia e com gente de pé, era estranho entrar pela porta do "co-piloto"... Mas foi bonito ver tal coisa :-)
Bucareste não é feio, mas lindo é que não é mesmo. Tem avenidas, jardins, edifícios e certos locais com algum interesse, mas não tem, ou pelo menos não vi PRAÇAS. E uma cidade sem praças é o quê. Eu sei que os Romenos não são tão habituados ao costume Romano (apesar da ascendência ser quase a mesma) de se reunir em Praças. Nós gostámos dessa ideia, e hoje vê-se nas nossas cidades mais bonitas, ou emblemáticas as belas praças que temos. Se há coisa que gosto em Madrid é mesmo aquelas praças todas, cheias de vida e gente! Bucareste tinha gente e vida mas no metro e nas ruas. E diga-se que no Metro, as carruagens eram bastante boas, apesar de ter poucos lugares para se poder sentar. Tivemos também num centro comercial, completamente escondido por enormes painéis de publicidade, que, na minha opinião, não abrilhantam nada o edifício.
Levámos tanga dos empregados da hamburgaria onde comemos, e entrámos no jogo da tanga, prevendo sempre como seria a próxima tanga. Giro foi também entrar numa casa de banho e pedirem-me conselhos de beleza, primeiro em Romeno, o que disse não ser, e depois em Inglês. O homem pretendia estar mesmo bem arranjado, e pelo meio lá ia dizendo "Sabes, este não é o meu estilo. Mas como fica bem?" E à medida que ia mexendo no cabelo perguntava "Assim? Assim?". Enfim, weird! Segundo o Pe. Chris, isso derivava do meu estilo alternativo que lhes fazia gosto, pois sabiam que eu era estrangeiro, europeu mesmo (pois nota-se claramente que muitas destas pessoas ainda acham que o resto da Europa é que é desenvolvida, e que a Roménia é uma país de terceiro mundo. A verdade é que não é.). Ainda me chegou a traduzir a conversa de dois empregados de balcão que estavam, em Romeno, a dizerem que eu tinha um "Grande estilo"! Pena terem sido dois homens a dizê-lo, e com outro a pedir-me conselhos de beleza. Hmm, mas será que me vêem como um Sex-Symbol (e sendo assim para a semana emigro para a Roménia) ou vêem-me como uma bela bicha (sendo assim nunca mais lá ponho os pés ;) ).
Ainda em Bucareste, até foi a primeira coisa que fizemos, visitamos um Parque-Museu que reproduzia casas, igrejas, espaços e paisagens da Roménia. Brilhante como em dois minutos íamos de Bucareste à Transilvânia!! Muito bom o Museu e a sua ideia, com casas que continuam a existir, muitas, claro, em pequeno número.
Finalmente, no dia da volta, para Bergamo, deparámo-nos com uma das coisas mais surreais que já vi num aeroporto. Apesar de parecer que estávamos na Índia (aquele aeroporto de Baneasa envergonha a Roménia) , puseram um avião de guerra (um caça ou assim), extremamente potente e barulhento a fazer acrobacias pela zona do aeroporto. Claro que o tráfego aéreo devia estar fraquinho, mas que estava toda a gente boquiaberta é verdade. Também, verdade seja dita, o homem fazia passagens rente ao edifício do aeroporto, ou punha-se a dirigir para o solo a pique!!! :P (Em breve o vídeo fará parte da crónica também)
Esqueci-me de referir apenas que salvei (com a ajuda do Fran - ah Portugal) um cão da morte, que nos obrigou a prende-lo em casa, pondo umas grades e umas placas de madeira no portão da casa, que tinha uma folga por baixo. Parecia que estávamos em nossa casa... a entrar por lá dentro na boa, com o cãozinho na mão. O que vale é que aquele cão era mesmo fofo, só apetecia era trazê-lo embora.
Finalmente, na viagem para cá, quando já nos encontrávamos no Avião (depois de vestirmos uns quilos de roupa, parecendo dois ursos, resultado das malas pesarem um pouco mais do que o que permitiam) tivemos que esperar por um...helicóptero. Verdade! Um Helicóptero andava para lá a fazer uns voos inúteis, para nós, e tivemos que esperar que parasse, e ainda, que nos passasse à frente. "Esteja à vontade senhor helicóptero do exército, a gente espera!"
Gostei muito da experiência e gostei muito da Roménia! Boa gente (não me refiro às hiper-produzidas donzelas romenas apenas) e bonitas paisagens (continuo a não me referir apenas às meninas)! : P


Em breve a parte III Bucareste - Bergamo - Porto... se houver paciência para lerem isto :P Depois, prometo por fotos e vídeos desta aventura. A aventura que contará com o mais longo post deste Blog :)