segunda-feira, 9 de outubro de 2006

I do not love you



Ontem vi um filme maravilhoso, com o meu actor favorito, Robin Williams, na TVI, que entrou logo para o leque dos meus filmes favoritos. Não conto a história do filme, nem o que senti, o filme é demais, só isso. Um filme à Robin Williams! Patch Adams, what a wonderful world....

Deixo aqui,na integra, o poema recitado por Patch à sua amada... no mínimo genial, da autoria do Chileno Pablo Neruda. I do not love you

Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou seta de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.

Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te directamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com o meu sono.


(Pablo Neruda, Manhã - soneto XVII, in "Cem sonetos de amor")

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