[Parte I - Guimarães - Barcelona - Bucareste]
No dia 18 de Setembro lá fui eu de Guimarães para Lisboa, de onde o nosso voo da Vueling saía rumo a Barcelona. Pelo caminho, no Porto, ainda aproveitei a companhia da Lu, e uns seus amigos, e da Fani, no piolho. Foi uma boa noite, quando pensei que ia ser uma espera terrível. Mas é bom ter amigos, e a Lu voltou a lá estar. Ainda não escrevi cá nada do fantástico ano de trabalho que tive com a Luísa, carinhosamente Lu, mas queria publicamente agradecer todo o apoio, confiança, carinho e amizade que me deste. Obrigado, Luísa, do fundo do coração.
A caminho de Lisboa, às tantas da matina mal deu para dormir...e chegado à Capital lá tive que apanhar um Táxi "Para a Sidónio Pais, se faz favor." Ainda pensei em dormir um pouco na Sede do MCE, mas não vi maneiras... Em vez disso lá andei pela internet, a fazer alguma coisa importante que agora não me lembro. Com algum tempo, achava eu, lá fui ter com o meu parceiro de viagem, o Fran e a sua namorada, a Catarina. Ainda fomos levantar dinheiro, ou melhor, ele foi levantar, que o meu dinheiro já não levanta de lado nenhum, fui ainda tomar um pequeno almocito e depois fomos para uma paragem de autocarro.
Estranha aquela paragem, é que ninguém lá parava!! Quando íamos olhando para o relógio a nossa vida parecia andar para trás, e o relógio, parvo, andava sempre para a frente. Foi então que veio a Matemática... Pensámos que o dinheiro que pagaríamos por Táxi seria quase o mesmo que iriamos pagar os três por Camioneta para o Aeroporto. E quando chegamos ao Aeroporto passamos a mão na cabeça, como nos filmes, e dissemos "Uffa, se não viessemos de Táxi não chegávamos a tempo."
Lá fizemos o check-in, tudo correu bem e entrámos no avião, rumo a Barcelona, só com malas de mão, acompanhados por uma garrafa de Licor Beirão. A viagem foi boa, e voltei a aterrar em Barcelona, onde o senhor avião faz uma curvas belíssimas por cima do mar, e que assusta metade dos passageiros e me deixa todo sorridente.
Chegados a Barcelona foi logo tentar contactar com as nossas (neste caso, minhas) meninas queridas. Jo e Su, carinhosamente assim chamadas. Depois de algumas tentativas falhadas de contactar com a Joana!! conseguimos marcar um lugar para nos encontrarmos. Tudo me sabia a Dejà-vu, em Barcelona, até sair do comboio que me deixou na "Gracia". Tudo lembrava aquela maravilhosa viagem para Taizé, que teve paragem em Barcelona. :)
Quando cheguei à saída do Comboio, encontrava-me "sei lá bem onde" e a Joana pedia-me que fosse ter à casa do Gaudi. Andámos a procurar a famosa casa do Gaudi, perguntamos em Castelhano nos cafés da zona, mas diziam-nos sempre que havia muitas casas do Gaudi nas redondezas. Finalmente, um jovem soube-nos dizer "É do outro lado destes prédios." E lá fomos nós ver a Joana. Em frente à mais famosa casa do Gaudi encontrava-se a nossa jovem amiga (insisto que neste caso era só minha amiga, o Fran não a conhecia). Com os seus óculos de ver favoritos, ou únicos, não interessa, lá esperava ela por nós. Ganda sorriso pá! Assim vale a pena.
A Joana já parecia estar em Barcelona há anos, tal a descontração com que passeava pelas ruas da cidade, e o seu sentido de orientação não falhou nadinha, muito bem. Faláva-me das festas, das ruas, dos restaurantes, dos melhores sítios a que já tinha ido, falava-me,falava-me e eu estava a adorar ouvir.
Fomos almoçar, a um Kebab que tivemos de andar quilómetros Claro que íamos passando por outros sítios apetecíveis para comer, mas como anfitriã, a Joana tinha que nos levar ao que conhecia e que queria apresentar-nos. Isto é muito generoso, digo-vos seriamente!
No fim do almoço - tava bem bom - apareceu mais um jovem amigo, desta vez partilhado, o Vasco, carinhosamente Zef, nome dado em virtude do seu último nome: Zeferina. Com um estilo de turista e ao mesmo tempo Catalão, lá veio o Vasco e a sua constante boa disposição alegrar-nos a tarde, juntamente com a Joana. A verdade é que fizeram boa dupla!
Como já todos conhecíamos Barcelona, fomos até ao Porto de Mar, passear um pouco por lá, sentar numa esplanada a falar e a beber uns refrescos, ou comer gelados. Foi muito bom este tempo. Adoro andar assim por cidades que não são minhas, com calma e meio vagabundo. O Vasco teve de se ausentar depois para umas aulinhas de Castelhano, mas antes já tinha trocado imensas impressões com a Joana. Chegou mesmo uma altura em que eu e o Fran estávamos a falar e a Joana e o Vasco também estavam a falar entre si. Mas as suas conversas era depois partilhadas connosco, sobre as festas no Fellini e os portugueses, os brasileiros atrevidos, os italianos, a finlandesa linda, enfim, Barcelona, no seu global!
Depois, fomos a casa da Joana. Uma bela casa, parabéns Joana onde tanto eu como o Fran arrochámos um bom pedaço...Ou melhor, para nós foi um bom pedaço, e para mim foi um alívio, que não dormia há muitas muitas horas. Mas antes mesmo de entrar na sua casinha fomos comprar uma cervejolas europeias. Uma bela duma loja perto da sua casa vendia tanta tanta coisa, incluindo cerveja internacional. Para mim, foi um cervejinha polaca "Żywiec". Para a Jo uma belga, e para o Fran uma Checa. Foi pena não podermos guardar esta recordação, no aeroporto não deu mesmo para passar com as garrafas. Que pena!! Fica a memória, de beber estas jolas em frente a uma igreja, do outro lado da casa da Joana.
Antes da jolas, fomos a um sítio que eu chamaria "Chiqueiro Sexual". Ou seja, uma casa de masturbação, com todos os requintes. Entrámos, com a insistência da Joana, que como nós adorava aquela loucura de haver uma casa tão requintada para tão pouco requintado costume, pelo menos quando é praticado numa cabine com um filme porno a passar. Não me esquecerei dessa casa, podem acreditar. Aquilo mexeu comigo, e fez-me pensar "Que puto de nojo!!".
Preparámo-nos para "pegar" a Suse. Fomos ter com ela a uma qualquer saída de Metro, e foi muito bom vê-la descer as escadas em passo apressado e com um grande sorriso, que prometia um abraço com olhos. E houve abraço, e foi muito bom, a fazer lembrar aqueles que usualmente dávamos, e custa-me usar este verbo no pretérito... :S
Já com a Suse foi tentar aproveitar ao máximo a sua presença para tentar saber um pouco mais do que ela andava fazendo, de como estava a ser a sua aventura. Às vezes, verdade seja dita, havia aquele silêncio entre nós os três e isso fazia parecer que estávamos de volta a um qualquer dia de Julho em que todos tínhamos ido a um qualquer sítio passear, ou beber um big shot. Felizmente, para o próximo fim-de-semana já vou poder partir mais um pouco as costelas da Su e beber um big shotão com ela :) E tu Jo, quando vens cá?? Devias era ter vindo agora também :(
Fomos jantar a um italiano, perto das Ramblas, quando ainda não estava habituado à nova Susana, toda executiva, de cinzento chique! O jantar também valeu a pena, apesar da "Zé Carlos" da Suse não ter bebido da nossa sangria, que estava boa pa caramba. Foi pena foi ter que ir embora tão cedo...Se soubesse tinha marcado a viagem para Barcelona para um dia mais, para aproveitar da companhia destas minhas amigas que vão deixando saudades à medida que o tempo passa.
Foi tempo de ir embora, com uma massa muito boa no bucho. Abraços uma e duas vezes, foi bom mais uma vez, mas foi daquele género de abraços que pediam mais umas horas para falar, para estar, para ver e sorrir. Fomos, com tempo, para o aeroporto levantar as nossas bagagens e encaminharmo-nos para o avião. Já tinha saudades das risadas da Joana e daquele jeito estranhamente sorridente de ela olhar as pessoas quando lhe apetece gozar ou rir. Ah ah, já te conheço!! ...Saudades da Su, e do seu fantástico jeito de ser criança. É que não pára esta menina, com aqueles sorrisões tão tão genuínos. E bastam uns minutos e umas piadolas "à lá Fábio", ou então uns empurrões, ou então chamar-lhe "Zé Carlos". E esta não foram os Gato Fedorento que inventaram, pois não Suse?
No aeroporto, com o segurança a implicar com a Garrafa de Beirão, o Fran lá teve que lhe explicar que a garrafa tinha sido comprada no aeroporto de Lisboa, estava selada e podia viajar perfeitamente como bagagem de mão. O homem bem que aceitou a explicação do Fran.
Entrando no avião, foi sentar, levantar voo, esperar uma meia-hora (se tanto) e "Salut Bucuresti"! Boa impressão da Wizzair, que apesar de não ter espaço para as pernas (ao contrário do que a TAP diz ter), tem belas acompanhantes de bordo (prefiro chamar-lhes assim).
Chegado a Bucareste, nova aventura chegava também, para nós, com a visita a uma cidade e um país totalmente desconhecidos para nós, apesar das minhas amizades na Roménia, onde se destaca a Gabytza, bela pessoa que é genial comigo, mesmo à distância! :)
Chegado a Bucareste, nova aventura chegava também, para nós, com a visita a uma cidade e um país totalmente desconhecidos para nós, apesar das minhas amizades na Roménia, onde se destaca a Gabytza, bela pessoa que é genial comigo, mesmo à distância! :)
2 comentários:
Licor Beirão? E a Dona Antónia, coitadinha, já está abandonada?
hehe
beijos
:') nao imaginas as saudades que ler isto me deu!!!
e sim tinha imensa vontade de ai ir... mas nao vai dar:) e eu sei q passas sem mim;)
qto a esse dia, LINDO ;) aparece pa * bjo
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